sábado, 12 de junho de 2010

URGE RECUPERAR A SEGURANÇA PÚBLICA EM SP

Você já imaginou alguém ir até uma delegacia de polícia e ter a bolsa roubada dentro do próprio local e ainda por cima tendo dois policiais como “testemunhas” da ação criminosa? Ou ser mãe e ver seu próprio filho trabalhador ser espancado covardemente por seis policiais até a morte? Não, isso não é um filme de terror. São apenas relatos de fatos ocorridos, o primeiro numa delegacia em Salto, quando uma comerciante teve a bolsa contendo R$ 13,5 mil roubada por dois ladrões após procurar a polícia para fazer um B.O.; o outro, a tragédia do motoboy entregador de pizza morto por PMs na zona sul da capital paulista é digna de todo o repúdio e exige reparação.

Culpa da corporação? Claro que não! Despreparada, mal remunerada e desvalorizada, ela é o retrato triste da segurança pública no estado de São Paulo. E isso tem um responsável, e todos sabemos: o PSDB. Há 16 anos no governo de São Paulo, os tucanos e suas políticas públicas na área de segurança, ou melhor, a ausência delas, levaram ao aumento de todos os índices ligados à criminalidade na comparação mais recente, entre os anos de 2008 e 2009, com dados da própria Secretaria de Estado da Segurança Pública.


Nesse período só não houve aumento no número de roubos a banco. O número de latrocínios (roubo seguido de morte) cresceu 29% e o roubo a veículos 25%. No primeiro quadrimestre deste ano, os homicídios aumentaram em 23% na capital e 7% no interior. Foram 376 pessoas assassinadas na capital, uma média de quatro por dia. Em todo o estado de SP foram 1.224 assassinatos, média de 13 homicídios por dia. A lambança tucana, também nessa área, é, infelizmente, muito ampla para ser debatida num artigo.


Mas é imperioso reconhecer que a insatisfação vem sendo demonstrada pela própria polícia. A associação dos delegados de SP espalhou outdoors por todo o estado denunciando a falta de aumento e defasagem salarial. A situação na PM não é diferente e um soldado paulista ganha hoje 130% a menos do que recebe uma colega PM no Distrito Federal. As duas corporações acabaram até mesmo se enfrentando durante manifestação de ambos os lados, por melhores salários, no ano passado, em frente ao Palácio dos Bandeirantes, num evento claramente evitável pela ausência completa de diálogo, marca registrada do ex-governador José Serra. O mesmo que ao tentar explicar o aumento da criminalidade antes de deixar o cargo para concorrer à presidência em abril último, culpou a crise econômica mundial e o desemprego pelos resultados ruins publicados. Sem comentários... E ainda por cima propõe um Ministério da Segurança Pública. Pergunto eu: com que moral?


Quero dizer que é possível a reversão desse quadro e um exemplo concreto são programas e ações interfederativas que combinem prevenção e repressão, como os que foram implementados em São Carlos durante nossa gestão, em parceria com o governo do Estado e a sociedade local. Essa experiência, calcada na execução do Plano Municipal Integrado de Segurança Pública, rendeu reconhecimento nacional e internacional, como a publicação desse plano no livro “Políticas Públicas Exemplares no Brasil do Século XXI”, a ser lançado em breve pelo Banco Mundial (Bird). São Carlos apresenta o 5º menor índice de criminalidade dentre os 61 municípios do estado de São Paulo com mais de 100 mil habitantes e no final de 2009 foi reconhecida como a cidade que mais protege seus jovens no Brasil em estudo realizado pelo Fórum Nacional de Segurança Pública.


O senador Mercadante, nosso pré-candidato ao governo de SP, está percorrendo todo o estado e mostrando as soluções para tirar a segurança pública do caos em que os tucanos a colocaram. Há ações exitosas do Governo Federal, como as Unidades de Polícia Pacificadora no Rio de Janeiro, que podem ser perfeitamente aplicadas e que devolveriam a paz e a tranquilidade a nós paulistas, que incorporamos há tempo o medo ao nosso cotidiano.

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