segunda-feira, 28 de setembro de 2009

PEC DOS VEREADORES

Em artigo publicado na Folha de S.Paulo no último dia 22, o professor Cândido Mendes enaltece a atitude do presidente Lula de não trabalhar para a prorrogação do seu mandato, diferentemente do que fizeram Morales na Bolívia, Correa no Equador, Ortega na Nicarágua e, na semana retrasada, Uribe na Colômbia. FHC também deu um mau exemplo quando patrocinou a alteração constitucional que lhe garantiu o segundo mandato consecutivo. Mudar as regras do jogo político no meio do processo é indecoroso, afronta e fere a democracia. Agora, alguns, em benefício próprio, querem fazer o mesmo com a ampliação imediata das vagas nas Câmaras de Vereadores. Se o STF não impedir, vai ser mais um golpe para um país que avança econômica e socialmente, mas retrocede politicamente.

AVANÇOS TAMBÉM NA ÁREA SOCIAL

Os dados divulgados pelo IBGE no dia 18 deste mês, por meio da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), revelam grandes avanços sociais no país, tais como a queda na desigualdade e no desemprego, assim como o aumento da renda dos brasileiros.

Cerca de 31 milhões de pessoas ascenderam de classe social entre os anos de 2003 e 2008. Desse total, há um dado pra ser muito comemorado por todos nós - 19,4 milhões de pessoas saíram da pobreza, isto é, deixaram a classe E, enquanto outros 1,5 milhão passaram da classe D para a C. E a elevação também ocorreu entre as classes mais elevadas (A e B), que ganharam mais 6 milhões de pessoas. Isso reforça uma das marcas da gestão do presidente Lula - governar para todos. Esses dados confirmam a declaração dele de que foi o consumo das classes mais pobres que acelerou a saída do Brasil da grave crise econômica internacional.

Em termos de avanços locais na área social, as obras do 2º módulo do Hospital-Escola Municipal vão de vento em popa. Tivemos também mais uma grande notícia para nós sãocarlenses. No início da semana, o prefeito Oswaldo Barba anunciou a construção de uma Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) na populosa região do Santa Felícia, o que consolidará a rede de pronto-socorros iniciada em 2001.

REFORMA ELEITORAL E INTERNET LIVRE

A pífia reforma eleitoral aprovada recentemente o Congresso Nacional frustrou mais uma vez a nação. Os parlamentares perderam mais uma vez a oportunidade de nortear o processo eleitoral brasileiro para um caminho de mais moralidade, mais transparência e mais ética na política. As crises institucionais estão acontecendo, o país carecendo de uma transformação nos costumes político-eleitorais e os deputados e senadores, em sua maioria, continuam de costas para a opinião pública.

Ressalve-se apenas como positiva a abertura da internet para as campanhas eleitorais. Seria inconcebível deixar a web de fora desse processo, uma vez que trata-se de um mídia poderosíssima e que está presente cada vez mais no cotidiano de todos nós.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

CIDADE VERDE

“Esse projeto a gente sabe como começa mas, pela sua importância para o Brasil, não sabe como termina”. Com essas palavras, proferidas na reunião do Conselho Municipal de Desenvolvimento Econômico e Social (Comdes) de São Carlos na última quarta-feira (16), o presidente da Abimaq, Luiz Aubert Neto, resumiu o pensamento dos fabricantes de máquinas e equipamentos sobre o papel estratégico que a Cidade da Energia desempenha. Focada em energias limpas e renováveis, o empreendimento que nasceu da parceria com a Prefeitura de São Carlos, Embrapa e Governo Federal, será uma grande parque de exposições permanente dos produtos, processos e equipamentos envolvidos nas diferentes plantas de geração de energia alternativa, associado a um centro de pesquisas e capacitação sobre o tema.

Para por a Cidade da Energia em pé, uma vez que o terreno e a infraestrutura já estão asseguradas pelo prefeito Oswaldo Barba e pelo presidente Lula, caberá à Abimaq captar os recursos necessários. Para tanto, seu presidente anunciou na mesma reunião que estão avançadas as tratativas com a Petrobras e a Vale Energia, além da Wobben e Inpsa no setor de energia eólica.

As perspecativas, de fato, são muito promissoras. Em função das mudanças climáticas, o mundo vem acelerando o passo para diminuir a emissão de gás carbônico e substituir gradualmente o peso da energia fóssil na matriz energética mundial. Nesta mesma semana, a Comissão Européia para Energias Renováveis recomendou medidas mais severas nessa direção, em especial aos países desenvolvidos, propugnando a redução das taxas de importação que dificultam a comercialização do etanol brasileiro.

E para nossa região, que impacto positivo terá a Cidade da Energia? Hoje, é impossível calcular. Mas é fácil perceber que ao transformar-se gradualmente em cidade-pólo brasileira das energias renováveis, São Carlos estará no epicentro mundial da difusão das tecnologias associadas à sustentabilidade ambiental e promoverá incrementos significativos nos setores de turismo, comércio, serviços, imobiliário e acadêmico. Quem sabe, depois de passarmos pelas etapas de Cidade Sorriso, Athenas Paulista, Cidade do Clima, Capital da Tecnologia, Capital do Conhecimento, não nos transformemos em Cidade Verde?!

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PINGOS NOS IS: Na reunião do Comdes, o presidente da Abimaq expôs os motivos que levaram a entidade a rever a decisão de instalar a Agrishow em São Carlos. Fundamentalmente, disse ele: “A decisão deve-se, exclusivamente, aos impactos da crise financeira no setor de máquinas e equipamentos, inviabilizando os investimentos programados para a instalação da feira na Cidade da Energia. Para não comprometer a realização do evento, ela foi mantida em Ribeirão Preto”.

domingo, 13 de setembro de 2009

LULA TINHA RAZÃO


O crescimento de 1,9% no PIB brasileiro no último trimestre prova que, pelo acerto da nossa política econômica, o Brasil foi um dos países que menos sofreu com a crise financeira internacional. Pontos para o presidente.

CENTRO DE CONVENÇÕES

Projeto Cidade da Energia, em São Carlos

Quando, na reforma administrativa da Prefeitura de São Carlos em 2001, transferimos a atividade do turismo da então Secretaria Municipal de Esportes, Turismo e Lazer para a pasta do Desenvolvimento Sustentável, Ciência e Tecnologia, o município começou a construir sua política pública na área. Sabíamos que o turismo precisava ser visto pelo governo e pela sociedade com uma dimensão maior, estimuladora da economia e geradora de empregos.

Trabalhamos duro, de mãos dadas com os empresários locais, instituições e em associação com municípios da região para elevar nosso potencial de atração de visitantes para se hospedarem e consumirem na cidade. Com apoio do Conselho Municipal de Turismo, rearticulado em nossa gestão, um conjunto extenso de ações foram levadas a cabo para que nosso turismo, vocacionado em negócios e eventos, chegasse à condição de ser reconhecido como destino indutor e estar incluído nos roteiros do Ministério do Turismo.

As parcerias com o Convention Bureau Terras Altas e a Chapada Guarani foram essenciais nesse sentido. E a indispensável ajuda do Governo Federal, também nesta área, foi decisiva para alavancar esta estratégica atividade econômica municipal. Foram cerca de R$ 5 milhões que o governo Lula destinou a São Carlos até 2008, o que nos permitiu pavimentar a estrada de acesso à Represa do 29 (com a colaboração de emenda do deputado Lobbe Neto), instalar a sinalização turística, recuperar a estrada de acesso à Fazenda Pinhal, duplicar o acesso ao Santuário de Nossa Senhora Aparecida da Babilônia, requalificar a Praça Coronel Salles e garantir recursos para o Centro Regional de Capacitação para o Turismo, para o São Carlos Exposhow e para a 1ª e 2ª etapas do Boulevard São Carlos, além de recursos para a Festa das Nações e o Show de Natal em 2008.

E os recursos não param de chegar. Com aportes que somam R$ 3,1 milhões, anunciados pelo ministro do Turismo, Luiz Barretto, em sua recente visita à região, São Carlos concluirá seu Boulevard (3ª etapa), embelezando a Baixada do Mercado. Brotas melhorará ainda mais o turismo de aventura no rio Jacaré-Pepira e Itirapina dará início à coleta de esgoto no Balneário Santo Antônio, primeira etapa do projeto intermunicipal de preservação ambiental e turismo sustentável “Viva o Broa”.

Mas e o que dizer do Centro de Convenções, equipamento essencial para incrementar ainda mais nosso turismo de feiras, congressos e exposições científicas e de negócios? A resposta começou a ser dada nesta semana pelo prefeito Oswaldo Barba e pelo presidente da Abimaq, Luiz Aubert Neto. São Carlos ganhará um Parque de Exposições na Cidade da Energia, que deve se inaugurado com a 1ª Feira da Energia Limpa e Renovável e o 1º Congresso Internacional de Energia Limpa e Renovável. A partir daí...

MAIS ALAGAMENTOS NA CAPITAL

Não há quem não saiba que quanto mais se impermeabiliza o solo, mais água da chuva corre para os córregos e rios. Em São Carlos, implantamos um conjunto de medidas exitosas sob diretriz do Plano Diretor elaborado para combater as enchentes, além de fazer várias obras específicas: ampliação de espaços verdes urbanos, plantio de meio milhão de árvores, substituição de asfalto por bloquetes na pavimentação de novas ruas, proteção de mananciais e matas ciliares e estímulo aos proprietários para criar em espaços particulares drenagem natural de água (IPTU Verde, iniciativa do vereador Lineu Navarro), dentre outras.

Na contramão do que é tecnicamente recomendado o governador Serra vai duplicar as marginais na capital. Mais impermeabilização, mais alagamentos e mais desgraças para os paulistanos. E não adiantará culpar a natureza como o governador fez nesta semana de caos no trânsito em São Paulo.

sábado, 5 de setembro de 2009

PRÉ-SAL E CIDADE DA ENERGIA: COMBUSTÍVEIS DO DESENVOLVIMENTO


A semana terminou com duas extraordinárias notícias para os brasileiros em geral e, em particular, para nós brasileiros de São Carlos e região.


Na segunda-feira, o presidente Lula apresentou o projeto de lei que define o marco regulatório para a exploração, produção e comercialização do petróleo do pré-sal. Na quarta, o ministro Paulo Bernardo (Planejamento, Orçamento e Gestão) deu ciência ao prefeito Oswaldo Barba da autorização do presidente Lula para liberação dos R$ 21 milhões relativos à execução da primeira etapa das obras de infraestrutura da Cidade da Energia.


A Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) está em festa. Em ambos os acontecimentos haverá grande envolvimento do setor. Segundo José Sérgio Gabrielli, presidente da Petrobrás, as indústrias nacionais terão que investir de R$ 30 a 40 bilhões nos próximos quatro anos para dar conta da demanda da estatal. Na Cidade da Energia, idealizada pela mesma Abimaq e em construção em parceria com a Prefeitura de São Carlos, Governo Federal e Embrapa, produtores e compradores promoverão negócios sobre equipamentos e processos de produção de energias renováveis e convencionais, num show-room permanente instalado num grande parque de feiras, congressos e exposições.


Digna de registro é a proposição do governo em fortalecer nossa estatal (a 7ª maior companhia do mundo e a 2ª mais rentável das Américas) e destinar parte substantiva dos recursos do pré-sal para incrementar os investimentos públicos em preservação ambiental, combate à pobreza, educação, ciência, tecnologia e inovação.


Não é possível mensurar com precisão o impacto econômico e social positivo que essas ações terão para o país e nossa região. Sobre o pré-sal, assim manifestou-se o presidente Lula: “Sua riqueza, bem explorada e bem administrada, pode impulsionar grandes transformações no Brasil, consolidando a mudança de patamar de nossa economia e a melhoria das condições de vida de nosso povo”.


Prevejo que, se o Congresso mantiver o conteúdo do modelo de marco regulatório concebido pelo executivo, o país finalmente atingirá os sonhados índices de investimentos em torno de 7% do PIB em Educação e 2% em C,T&I na próxima década, incluindo-se assim e só assim, no elenco das potências mundiais.


Quanto à nossa região, se a Abimaq cumprir seu projeto à risca, nos tornaremos referência internacional nas áreas das energias convencionais e alternativas. Isso porque somaremos nosso potencial instalado em pesquisa, desenvolvimento, inovação e ensino com a difusão e comercialização de know-how de equipamentos brasileiros nessas estratégicas áreas para o futuro da humanidade e do planeta.


Os investimentos locais da Petrobrás em laboratórios na USP/São Carlos e UFSCar, o novo curso de Engenharia de Energia (Escola de Engenharia de São Carlos) e o Laboratório Nacional de Nanotecnologia para o Agronegócio (Embrapa Instrumentação Agropecuária), são recentes e relevantes iniciativas que demonstram como estamos nos projetando nessa direção.


Enfim, o coquetel de combustíveis fósseis e renováveis energizará nossa economia regional e nacional, alavancando ainda mais as transformações sociais em curso. Mais uma do “cara”.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

LIBERADOS R$ 21,4 MILHÕES PARA CIDADE DA ENERGIA EM SÃO CARLOS

Prefeito Oswaldo Barba, ministro Paulo Bernardo e eu, na última quarta-feira à noite em Brasília

O Governo Federal mais uma vez contempla São Carlos com recursos para um dos maiores projetos nacionais e que é estratégico para o país na área de energia. O ministro Paulo Bernardo (Planejamento, Orçamento e Gestão) anunciou no último dia 2/9 ao prefeito Oswaldo Barba a liberação de R$ 21,4 milhões para o projeto da Cidade da Energia, o qual foi iniciado com muito orgulho no final de minha gestão à frente da Prefeitura de São Carlos. Por esse motivo, fui convidado para a audiência entre o ministro e nosso prefeito.

Estes recursos serão utilizados para o início da duplicação da rodovia vicinal Guilherme Scatena, que dará acesso ao local onde será construída a Cidade da Energia, num projeto que prevê um investimento total de R$ 87 milhões, dos quais R$ 59,2 milhões serão destinados pelo Governo Federal, R$ 23 milhões pela Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), além de uma contrapartida restante da prefeitura de São Carlos.

Desde a apresentação do projeto no segundo semestre de 2008, o presidente Lula fez questão de garantir a viabilidade e execução da Cidada de Energia, pois o projeto é vital para colocar o país na vanguarda mundial das pesquisas das mais variadas fontes de energia e que garantirão independência do Brasil neste tema. E pra nosso orgulho, São Carlos será o epicentro desse processo, colhendo os frutos positivos de todos os desdobramentos sociais e econômicos que isso irá trazer para o município e a nossa região.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

ABRAÇO MARCOU ASSINATURA DO CONSÓRCIO INTERMUNICIPAL DO PROJETO "VIVA O BROA"


* Ministro Luiz Barretto (Turismo) anunciou R$ 1 milhão para
obras de saneamento básico na orla de Itirapina da represa

Na manhã do último sábado (29), o ministro do Turismo, Luiz Barretto, prestigiou a assinatura do consórcio intermunicipal do projeto “Viva o Broa”, o qual tenho a honra de coordenar. O compromisso foi firmado entre os prefeitos das três cidades envolvidas no projeto – Oswaldo Barba (São Carlos), Omar de Oliveira Leite (Itirapina) e Antônio Benedito Salla (Brotas).

O evento foi realizado junto à orla da represa, em Itirapina, onde um “abraço” na represa foi realizado simbolicamente por mais de 200 estudantes das redes públicas de ensino das três cidades, selando o acordo, inédito em seu modelo no país, e que prevê a conjunção de medidas preventivas, corretivas e de revalorização para reverter a espiral da degradação ambiental, social e econômica, observada na represa do Broa e nos ecossistemas nativos do seu entorno, devido ao mau uso dos recursos naturais.

Tenho convicção que, ao se alterar o atual quadro de impactos, será possível alavancar e otimizar as atividades de lazer e projetar o turismo ecológico e sustentável em área de grande potencial. O ministro do Turismo, Luiz Barretto, fez questão de conhecer pessoalmente os detalhes do projeto e revelou uma curiosidade. Por coincidência, ele passou parte da minha infância e adolescência nadando e pescando nas águas do Broa. Barreto anunciou que o Governo Federal irá investir recursos da ordem de R$ 1 milhão para que o prefeito de Itirapina, Dr. Omar, possa iniciar as obras de saneamento básico na região do balneário Santo Antônio, que possui grande densidade de chácaras próximas à orla da represa, quase todas com fossas negras.

Complexo, o projeto prevê entre outras ações a revitalização do balneário Santo Antônio, segurança viária e nos acessos à represa, educação ambiental para moradores e usuários da represa, ações integradas de turismo ecológico e educativo, rastreamento de áreas satélite com potencial turístico (exemplo: Lagoa Dourada).

REPRESA DO BROA – A represa do Lobo, mais conhecida como Broa, foi construída em 1936 com o objetivo de geração de energia elétrica e passou, de forma simultânea, a ser procurada para turismo. Com um espelho d’água de 35 km2 , o Broa ainda é o reservatório artificial menos poluído no estado de São Paulo, segundo dados do Instituto Internacional de Ecologia de São Carlos. Apesar de se situar na divisa dos municípios de Itirapina e Brotas, 75% das pessoas que frequentam a represa são provenientes de São Carlos. Esta é, segundo o prefeito Oswaldo Barba, a justificativa mais importante para o envolvimento da cidade no projeto “Viva o Broa”.

DIREITOS HUMANOS

Lineu Navarro, eu e Paulo Vannuchi

(ministro da Secretaria Especial do Direitos Humanos)


5 DE AGOSTO, QUARTA-FEIRA – O pedreiro Ademir Peraro, 43 anos, é espancado por dois seguranças dentro da loja da rede Dia de supermercados, em São Carlos. Segundo um dos seguranças, que já tinha passagem na polícia por agressão, Peraro havia furtado um pacote de coxinhas congeladas, um queijo e tubos de cremes. Socorrido pelo SAMU, não resistiu aos ferimentos e faleceu na Santa Casa. O laudo do IML apontou que Peraro morreu devido a politraumatismo e hemorragia interna. O valor dos produtos furtados era de R$ 26,00.

24 DE AGOSTO , SEGUNDA-FEIRA – Ao lado do ilustre convidado Paulo Vannuchi, Ministro de Estado da Secretaria Especial dos Direitos Humanos do Governo Federal, o prefeito Oswaldo Barba e o presidente da Câmara Lineu Navarro, descerraram a placa da Rua Dom Hélder Câmara na Vila Marina. Resultado da iniciativa do ilustre vereador e contando com o apoio unânime dos demais edis e da expressiva maioria dos moradores da até então Rua Sérgio Paranhos Fleury, o ato sepultou um dos fatos mais indignos da história de São Carlos: a execrável homenagem que o poder público municipal fizera em 1980, em plena ditadura, a um torturador. Das trevas nasceu a luz. O logradouro passou a ser conhecido pelo nome de um dos mais honrados brasileiros que, por sua luta em favor dos oprimidos do estado de direito e da democracia, Dom Hélder, recebeu reconhecimento internacional. A homenagem do poder público municipal ao “Dom da Paz”, no ano em que se comemora o centenário do seu nascimento, transcende a mera alteração toponímica. Significa, nas palavras do eminente jurista Fábio Konder Comparato enviadas ao companheiro Lineu, “...livrar a cidade da ignomínia de ter uma de suas vias públicas manchada com o nome de policial ligado ao tráfico de entorpecentes e que se notabilizou pela violência ensandecida contra opositores da ditadura militar”. E, ainda, nas palavras do Ministro Vannuchi: “O fato merece ampla divulgação nacional. Por onde for, direi que São Carlos dá um exemplo a ser seguido por outros municípios brasileiros”.

26 DE AGOSTO, QUARTA-FEIRA, – Acompanhado de minha esposa Ana, visitei o líder sindicalista Élio Neves no hospital em Araraquara. Recuperando-se milagrosamente do atentado de que fora vítima no domingo anterior no seu sítio em Ribeirão Bonito e sentindo os efeitos da bala alojada em sua nuca, Élio, com o brio dos grandes guerreiros, brincou com a situação dizendo que seus algozes não levaram em conta que ele era um “cabeça dura”. Retomando a seriedade com a clareza de quem há décadas luta pelo direito à terra dos trabalhadores rurais e enfrenta a violência do campo em nosso estado, reafirmou-nos sua não intimidação frente à tentativa de execução sofrida e a disposição de continuar lutando pela reforma agrária. Portador dos votos de solidariedade do prefeito Oswaldo Barba e dos companheiros do PT de São Carlos, compartilhei com Élio a expectativa de que as autoridades policiais possam elucidar rapidamente o acontecido e os responsáveis capturados – diferentemente do que aconteceu no caso dos sindicalistas sãocarlenses José Luiz e Rosa Sundermann -, cujos tenebrosos assassinatos, passados 15 anos, não foram até aqui esclarecidos.

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Três episódios que, no presente e no passado, demonstram a imperiosa necessidade de mantermos viva a luta pelos sagrados direitos humanos.

LULA, FHC E OS INVESTIMENTOS PÚBLICOS

Um debate político qualificado sobre qualquer tema começa pela análise dos fatos. Pelo menos deveria. Mas quando há preconceitos emperdenidos ou interesses obtusos é comum a cegueira tomar conta e distorcer ou obscurecer a realidade.

Assim vem acontecendo na comparação dos governos Lula e FHC. Qualquer pessoa de bom senso e livre do odioso preconceito de classe reconhece que são inúmeros os exemplos de superioridade da gestão petista em relação à tucana, em quaisquer das áreas de atuação governamental.

Tomemos, por exemplo, o tema dos investimentos públicos. É sabido que apesar de ter promovido intensa e inédita venda de empresas estatais o governo FHC não logrou diminuir a dívida externa (que, ao contrário, explodiu em seu governo, passando de US$ 159,2 bilhões em 1995 para US$ 210,7 bilhões em 2002), nem realizou obras de infra-estrutura dignas de registro. Ao lado disso, estados e municípios ficaram praticamente impedidos de receber financiamento dos bancos estatais porque o governo tucano curvou-se aos ditames do FMI e Banco Mundial, aceitando a lógica monetarista que classificava os investimentos como despesas para fins de superávit fiscal. Ou seja, o dinheiro foi para o pagamento das promissórias e pouco sobrou para programas sociais e obras públicas. Por isso, o país estagnou ou cresceu tão pouco no governo FHC, com reflexos perversos nos níveis de emprego e nas oportunidades educacionais para a juventude.

Muita coisa mudou e para melhor, muito melhor, a partir do governo do PT. Ao rejeitar a lógica imperialista, o governo federal extraiu os investimentos do cálculo do superávit, liberando o precioso crédito tão esperado por estados e municípios. Recursos passaram a irrigar obras de habitação, saneamento e infraestrutura urbana, inaugurando um círculo virtuoso que promove, via PAC, o “Minha Casa, Minha Vida” e vários outros programas federais, com desenvolvimento, emprego, geração de renda e inclusão social, mesmo em tempos de crise financeira internacional . E, ainda por cima, liquidou com a dívida externa, transformando o Brasil em credor internacional.

São Carlos não teria hoje o Hospital-Escola, a Estação de Tratamento de Esgoto, as obras de drenagem, a canalização e ampliação da malha viária, não fossem a ousadia e o amparo do governo Lula. Nem o prefeito Oswaldo Barba poderia cravar a meta de sete mil novas moradias populares em nossa cidade.

O estado de São Paulo tão pouco teria recursos suficientes para as obras do rodoanel e do metrô (linha 5) se, além de tudo isso, o presidente Lula não tivesse ajudado a nós paulistas com a compra da Nossa Caixa pelo Banco do Brasil e com a autorização para nosso governador ampliar o endividamento do estado em mais R$ 11,6 bilhões. Sem contar que, especificamente para o rodoanel, o presidente ainda antecipou a última parcela de R$ 300 milhões, viabilizando a inauguração da obra pelo adversário Serra em 2010. Coisas de presidente estadista e republicano. Por isso, Lula é o cara!

SÃO CARLOS É DESTAQUE NA REVISTA ISTO É

Dom Hélder Câmara ganha homenagem em São Carlos

A ISTO É que está nas bancas hoje traz na coluna do jornalista Ricardo Boechat nota sobre a mudança do nome, em São Carlos, da Rua Sérgio Paranhos Fleury (torturador do DOPS-SP) para Rua Dom Hélder Câmara (único brasileiro indicado quatro vezes ao Prêmio Nobel da Paz, arcebispo emérito de Olinda e Recife e um dos fundadores da CNBB). O conteúdo pode ser acessado através do link http://www.terra.com.br/istoe/edicoes/2076/artigo150117-2.htm

MINISTROS DE LULA PRESTIGIAM SÃO CARLOS MAIS UMA VEZ

É com grande satisfação que São Carlos receberá na próxima semana a visita de mais dois Ministros de Estado, demonstrando o imenso apreço que o Governo Lula tem por nossa cidade e ressaltando o quanto ela é estratégica para o desenvolvimento do nosso país. Nesta segunda-feira (24), terei a honra de ser um dos convidados do evento "Direitos Humanos em Debate", que a UFSCar promove e contará com a presença ilustre do ministro Paulo Vannuchi, da Secretaria Especial dos Direitos Humanos.

No mesmo dia, o ministro Vannuchi participa de uma solenidade especial na Vila Marina. Após a Câmara Municipal acolher a iniciativa do seu presidente, vereador Lineu Navarro, e alterar com respaldo dos moradores a denominação da Rua Sérgio Paranhos Fleury (torturador do DOPS-SP) para Rua Dom Hélder Câmara (único brasileiro indicado quatro vezes ao Prêmio Nobel da Paz, arcebispo emérito de Olinda e Recife e um dos fundadores da CNBB), fecha-se uma chaga e a atitude orgulha todos nós sãocarlenses.

Ainda na próxima semana, na sexta-feira (28), o prefeito Oswaldo Barba recebe o quarto ministro só este ano. Luiz Barreto (Turismo) irá conhecer pessoalmente e in loco os detalhes do projeto "Viva o Broa", cuja coordenação foi confiada a mim pelos prefeitos de São Carlos, Itirapina (Dr. Omar) e Brotas (Sala). O prefeito Barba já havia recebido anteriormente os ministros Sérgio Rezende (Ciência & Tecnologia), em julho, e Orlando Silva (Esportes), em maio.

PRA BAIXO DO TAPETE

Com a ajuda do PT, o Senado arquivou as denúncias contra José Sarney. Com o empenho do PSDB, o Senado arquivou as denúncias contra seu líder Artur Virgilio. Empate no Senado, derrota da sociedade.

A MOBILIZAÇÃO VENCEU O DESCASO

Parece incrível, mas o Governo do Estado aprontou mais uma contra São Carlos. A inauguração, sem alvará de funcionamento da prefeitura, da nova unidade da Semiliberdade da Fundação Casa (ex-Febem), mais uma vez demonstra o descaso e o desapreço do governo estadual com nossa cidade.

O que era para ser comemorado - o reinício de uma indispensável medida sócioeducativa para a recuperação de jovens em conflito com a lei, meses depois de ser interrompida em decorrência da não renovação do convênio com os Salesianos -, transformou-se num pesadelo.

Isto porque a Fundação Casa instalou a Semi num local inapropriado, sem estudo de impacto de vizinhança e em flagrante desrespeito para com os moradores e o poder público municipal.

Recorde-se que o mesmo acontecera com a Unidade de Internação. Às escondidas, a Fundação Casa contratou inicialmente a obra para um terreno no Distrito Industrial "Miguel Abdelnur", confrontando-se com o Plano Diretor Municipal e provocando a reação contrária dos industriais vizinhos. Como um dos afetados era empresário e presidente local do PSDB, o esperneio junto ao governador Serra, devidamente respaldado pelos deputados Lobbe e Massafera, deu resultado e a obra foi transferida para outro local (Chácara das Flores), igualmente inadequado e à revelia da prefeitura e da sociedade sãocarlense. O escárnio é de tal ordem que, até o momento e com o prédio quase concluído, o governo estadual não providenciou ainda a regularização daquela construção, apesar do embargo inicial das obras e das frequentes notificações encaminhadas pela prefeitura.

Marginalizada do processo de implantação da Semiliberdade, a população da região do Santa Mônica mobilizou-se pela transferência da unidade inaugurada no final de julho. A repercussão foi tal que a Câmara Municipal, por proposição do vereador Edson Fermiano, aprovou unânime moção de apoio aos moradores e seu presidente Lineu Navarro convocou audiência pública sobre o assunto na tarde da última sexta-feira (14/08). O resultado não poderia ter sido melhor: a Semi será transferida para outro local, graças à pressão popular.

A solução do impasse foi construída a partir da interveniência positiva do prefeito Oswaldo Barba e da atuação de três conselhos municipais (de Defesa da Criança e do Adolescente, Tutelar e de Assistência Social) que, aliadas ao bom senso da direção do CEFA - respeitada entidade filantrópica sãocarlense responsável pela administração da Semi -, resolveram a questão.

Isso porque, se dependesse da contumaz intransigência da Fundação Casa (demonstrada em nota na última quinta-feira, 13/08) e da omissão dos deputados tucanos neste caso, a cidade sairia mais uma vez perdendo com a lambança patrocinada.

Espero que a definição do novo local, agora a partir dos indispensáveis procedimentos democráticos e legais, se dê com rapidez para que o CEFA possa iniciar a recuperação desses meninos.

E isso é o mais importante dessa história toda.

PROCURAM-SE ENGENHEIROS

Com esse mesmo título, em matéria publicada no Estadão no último dia 6/8 (página B18) fomos informados que o setor da construção civil já se depara com a disputa por engenheiros. De acordo com Marcos Túlio de Melo, presidente do Conselho Federal de Engenharia e Arquitetura (Confea), “ainda temos um déficit grande de profissionais que só vai ser suprido daqui dois ou três anos”. Essa inusitada situação, em minha opinião, é resultado da combinação de duas políticas: uma certa e outra errada.

Comecemos pela errada, a educacional. Todos sabemos que por orientação do Banco Mundial (Bird) e da subserviente ação dos nossos governos centrais nas duas últimas décadas perdidas do final do século passado, promoveu-se infundado e irresponsável congelamento das vagas nas redes públicas de ensino superior e de educação técnica e tecnológica. Deu no que deu. O país vem experimentando notáveis níveis de crescimento nos últimos anos e, paradoxalmente, apresenta uma carência de profissionais qualificados que emperra um desenvolvimento ainda maior.

Essa situação começou a mudar a partir de 2002. Imbuído de uma visão de estadista, o presidente Lula, que curiosamente não tem diploma superior, operou uma mudança radical na nociva política educacional do seu antecessor que, não menos curiosamente, é doutor /honoris causa/. Assim é que, em apenas seis anos, as universidades federais mais que dobraram a oferta das vagas de ingresso – de 113 mil para 228 mil -, tendo sido criadas 12 novas universidades federais e mais de 100 campi pelo interior do país. Em relação ao ensino técnico, a expansão atingiu resultados históricos, pulando de 140 escolas criadas entre 1909 e 2002, para 214 até 2010. Sem falarmos no Prouni.

Já na área do crescimento econômico, o Brasil vem fazendo uma política certa, mesmo em tempos de crise financeira internacional. Segundo a matéria publicada no Estadão, o setor da construção civil foi um dos que mais rapidamente voltou a crescer, graças à resistência do mercado interno e a estímulos como o pacote habitacional “Minha Casa, Minha Vida”, do Governo Federal. Somando-se essa iniciativa habitacional aos projetos do PAC em andamento, o país assiste a uma profusão de obras que melhoram a vida nas cidades e geram empregos, renda e desenvolvimento.

Assim vem ocorrendo em São Carlos e região. Nas últimas semanas, nosso prefeito Oswaldo Barba inaugurou duas obras nesse contexto: o destamponamento de 250 metros lineares do córrego do Tijuco Preto na avenida do Trabalhador Sãocarlense (próximo à rua Episcopal) e a nova ponte defronte ao restaurante Casa Branca. Em relação à esta, é necessário, como fez nosso prefeito, registrar o inestimável apoio dado pela deputada federal Janete Pietá (PT) que, por meio de emenda parlamentar, viabilizou os recursos complementares para a substituição desta ponte de lata (levada pelas águas do Monjolinho) por outra, agora, de verdade.

E quanto à construção de casas populares? Nosso prefeito já garantiu sete mil, demonstrando mais uma vez competência e compromisso social. Mais emprego para engenheiros e trabalhadores da construção civil.

MAIS TRÊS MOTIVOS PARA COMEMORAR

Os resultados alcançados por São Carlos desde a assunção do primeiro governo democrático e popular da nossa história têm sido marcantes de janeiro de 2001 até os dias de hoje. Nossa cidade vem revelando notáveis indicadores econômicos e sociais. Concomitantemente, a prefeitura vem acumulando prêmios e menções que, certamente, enchem de orgulho todos aqueles que participaram e participam da transformação político-administrativa posta em prática em nosso município desde então.

Estruturada sobre os princípios da honestidade, eficiência, participação popular e compromisso social, a nova gestão pública municipal sepultou os velhos e nefastos métodos que impediam que o extraordinário potencial da nossa terra e da nossa gente se materializasse em melhor qualidade de vida para todos.

O anúncio pela Fundação Seade de que São Carlos mais uma vez em 2008 atingiu o melhor resultado no índice de mortalidade infantil dentre todas as cidades paulistas acima de 200 mil habitantes (7,1 mortes por 1.000 nascidos vivos) é digno de esfuziante comemoração, pois nos equivale aos indicadores do primeiro mundo. É o resultado de uma política pública municipal para a saúde que, ao cuidar adequadamente das gestantes, salva mais recém-nascidos. É, afinal, uma luta pela vida. Ao dobrarmos os recursos para a área, em relação ao praticado em 2000, São Carlos vem obtendo mais eficácia numa área na qual quanto mais se faz mais é preciso fazer para diminuir o sofrimento humano. Parabéns a todos os que contribuem para o êxito alcançado.

Dois outros fatos recentes sustentam ainda mais essa convicção: o elogioso parecer do Tribunal de Contas do Estado sobre o inédito modelo jurídico-econômico para o serviço de coleta, tratamento e destinação dos resíduos sólidos urbanos; e o primeiro lugar do prêmio “Prefeito Inovador”, outorgado pelo Movimento Brasil Competitivo (MBC) ao prefeito Oswaldo Barba.

Em relação ao primeiro fato, a prefeitura vinha trabalhando para encontrar uma solução sustentável tanto ambiental como financeira para cumprimento de um Termo de Ajustamento de Conduta com o Ministério Público no tocante à construção de um novo aterro sanitário. Como não haviam recursos municipais e programas do Estado ou União para tal fim, nem tampouco estávamos dispostos a penalizar o contribuinte ressuscitando a taxa do lixo de outros tempos, partimos para a elaboração, a vários mãos, de uma parceria público-privada (PPP).

Com o talentoso apoio dos advogados Sebastião Tojal e Igor Tamasauskas, do professor Valdir Schalch (USP/São Carlos), do zeloso e prestativo acompanhamento do promotor do meio ambiente Dr. Marcos Funari, da colaboração valorosa do Conselho Municipal do Meio Ambiente e da Câmara Municipal, somados à inestimável dedicação e competência da nossa equipe da prefeitura, criamos um novo modelo que certamente servirá de referência para outros municípios brasileiros.

Já o prêmio “Prefeito Inovador”, recebido pelo prefeito Barba das mãos do presidente do MBC, empresário Jorge Gerdau, reconhece os esforços que nossos governos vêm fazendo para promover a modernização e a desburocratização dos serviços municipais. Competindo com várias prefeituras, inclusive capitais, São Carlos ganhou o primeiro lugar por ter adotado, desde 2001, novas e eficazes tecnologias no dia-a-dia que, segundo os organizadores, tornaram a relação entre governo e cidadãos melhor e mais transparente.

Em especial, as seguintes iniciativas pesaram na avaliação do MBC para levar nosso município ao êxito maior: educação, portais do cidadão e da transparência, inclusão digital e os Serviços Integrados do Município (SIM). Mais uma vez, parabéns a todos que contribuíram para mais esse feito!

MINHA NOVA MISSÃO NA FINEP

Quero agradecer à Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) pela indicação e ao ministro Sérgio Rezende (Ciência e Tecnologia) pela confiança ao nomear-me membro do Conselho de Administração da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). Vou dar tudo de mim para que esta agência estratégica para o desenvolvimento nacional se fortaleça ainda mais.

LULA, SÃO CARLOS E OS AVANÇOS DA TECNOLOGIA NACIONAL

Laboratório da Opto Eletrônica, em São Carlos, onde foram desenvolvidas

as câmeras MUX dos satélites sino-brasileiros Cbers 3 e 4.


No dia 21 de julho tivemos mais uma vez a honra de receber a visita do ministro da Ciência & Tecnologia, Sérgio Rezende. Como ele mesmo disse, em entrevista à imprensa ao lado do prefeito Oswaldo Barba, a sua frequente vinda a São Carlos demonstra o reconhecimento ao trabalho das universidades, Embrapas, Parques Tecnológicos, empresas de alta tecnologia e à parceria com nosso governo municipal. De fato, como afirmou o prefeito na ocasião, o governo Lula tem apoiado vultosamente os projetos de ciência, tecnologia e inovação (C, T & I) no município.

Com a prefeitura, destacam-se os recursos para a instalação do condomínio de empresas na área de tecnologia da saúde (CITESC / Parque Eco-Tecnológico Dahma), do Museu de Ciências Mário Tolentino (a ser instalado na praça Coronel Salles) e da Cidade da Energia. Em relação às instituições de C,T & I da cidade, são relevantes os aportes para instalação do São Carlos Science Park / ParqTec, do Laboratório Nacional de Nanotecnologia para a Agronegócio da Embrapa Instrumentação e de oito dos 123 Institutos Nacionais de C & T, sendo cinco na USP e três na UFSCar. Todos esses avanços, sem contar o expressivo incremento na quantidade de bolsas de estudo e no apoio direto aos pesquisadores e empreendedores sãocarlenses, encontra seu lastro na política científica e tecnológica posta em prática pelo presidente Lula desde sua posse.

Com efeito, os números são impressionantes. O orçamento do MCT passou de R$ 2,8 bilhões em 2002 para R$ 6,6 bilhões em 2008 e as bolsas de pós-graduação saltaram, no mesmo período, de 11.347 para 18.500 no CNPq e de 23.334 para 39.892 na Capes/MEC. Tudo isso terá um impulso ainda maior em função da extraordinária expansão das redes federais de ensino técnico e superior e do avanço do PAC da C,T & I. Isto porque, pela primeira vez na história, o país tem um plano de ação suportado por um investimento de R$ 41 bilhões para projetos em empresas, universidades e centros de pesquisa.

Neste contexto, enquadra-se a produção de imagens por satélites, coordenada pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que ajudam o Brasil no monitoramento ambiental e gerenciamento de recursos naturais. E São Carlos, mais uma vez, marca presença qualificada nesse programa. Concorrendo ao edital lançado pelo Inpe, a empresa sãocarlense Opto Eletrônica ganhou a licitação e construiu, com tecnologia e gerenciamento 100% nacionais, as câmeras MUX dos satélites sino-brasileiros Cbers 3 e 4. Como afirmou o ministro Rezende, na solenidade de entrega da câmera, “este satélite será muito útil para controlar o desmatamento em todo o território nacional e a cidade de São Carlos deu a sua contribuição”.

Meus parabéns ao Dr. Jarbas de Castro Neto e aos demais craques da Opto. Como eu disse uma vez, quando prefeito, nos orgulhamos como brasileiros e sãocarlenses do seu talento acadêmico-empreendedor.

LULA, SERRA E O MUNICIPALISMO

Terminou com sucesso no última dia 16 de julho em Brasília a 12ª edição da Marcha dos Municípios. Como vem acontecendo desde que tomou posse em 2003, agindo diferentemente do que fazia seu antecessor Fernando Henrique Cardoso, o presidente Lula compareceu acompanhado por 22 ministros para dialogar com prefeitos e prefeitas e, sobretudo, receber a pauta anual de reivindicações do municipalismo brasileiro.

São quatro, essencialmente, as postulações principais dos gestores municipais: a aprovação da reforma tributária enviada pelo Governo Federal ao Congresso; a regulamentação da Emenda 29 que define e amplia os gastos e investimentos na área de saúde; a revisão da dívida previdenciária por meio de um encontro de contas que expurgará valores legalmente prescritos; e a aprovação, pela Câmara dos Deputados, da legislação sobre pagamento de precatórios judiciais já votada pelo Senado.

Conquanto esta pauta complexa exija atenção e mobilização permanente por parte das entidades municipalistas, os prefeitos dos mais diferentes partidos aplaudiram em pé o presidente Lula e reconheceram e comemoraram os avanços significativos recentemente alcançados.

Com efeito, em tempos de crise mundial que desacelerou o crescimento econômico do país e afetou os orçamentos dos municípios, as decisões tomadas pelo presidente Lula de recompor os orçamentos municipais e desonerar diversas despesas previdenciárias e de investimento, promoveram estímulo às economias locais e minimizaram a redução de postos de trabalho.

No evento, Lula assinou o decreto que define a redução de até 40% das contrapartidas nas obras do PAC, gerando uma economia de R$ 1,5 bilhão aos cofres estaduais e municipais, além de destinar recursos para aquisição de ônibus escolares e ampliação do mega-programa habitacional “Minha Casa, Minha Vida”.

Em seu discurso, o presidente declarou que “sua maior mágoa em seis anos de meio de governo foi a extinção da CPMF”. Ele tem razão, porque foram irresponsavelmente subtraídos mais de R$ 40 bilhões do SUS, o que prejudicou a população mais carente e beneficiou os mais ricos pela desoneração tributária de suas transações financeiras. Essa tragédia se deu no Congresso por meio de ação de autoria do PSDB e do DEM, em ato classificado por Lula como de “mesquinhez política”.

Na oportunidade, invocando o testemunho do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), disse ainda o presidente: “Duvido que algum prefeito diga que foi destratado por mim por pertencer a outro partido político. Agora, nós sabemos que tem gente que é discriminada, que tem governador que não faz a mesma prática... Nossa relação não pode ser perversa, pequena, de que onde tem amigo tem dinheiro e onde não tem é pão e água”. Mais uma vez o presidente foi ovacionado porque não há prefeito Brasil afora que deixe de reconhecer o comportamento republicano e respeitoso do presidente Lula.

Já no estado de São Paulo é sabido que os prefeitos de oposição ao governo são discriminados. E, quando ousam discordar do governador Serra, sofrem dura perseguição. O preço pago pela sociedade sãocarlense ao se colocar contra a instalação da unidade da Fundação Casa (Febem) não nos dá direito, nem sequer, ao pão e água.

MAIS UMA DO GOVERNADOR...

Não surpreende a grosseria do governador Serra contra os prefeitos do PT presentes à cerimônia de inauguração antecipada da fábrica da Furp em no último dia 14 de julho, em Américo Brasiliense. Afinal, a descortesia e o temperamento hostil são marcas incontestes do governador. Mas, valer-se de solenidade oficial para atacar o partido do prefeito anfitrião é uma atitude deplorável, que além de oportunista, fere os mais elementares princípios republicanos.

MAIS UMA DO PRESIDENTE...

A prorrogação da desoneração tributaria às indústrias automobilísticas - e da chamada linha branca - e a redução dos juros para as empresas renovam a certeza de que temos um presidente que zela, acima de tudo, pelo emprego e renda dos brasileiros. É por essas e outras ações que sairemos mais rápido - e mais fortes - da crise. E é por isso que Lula é “o cara”.

O ABRAÇO AO BROA

Orla da represa do Broa na altura da praia do Balneário Santo Antônio (Itirapina)

O projeto “Viva o Broa!” teve no dia 20 de junho uma agenda muito proveitosa. Na companhia dos prefeitos Sala (Brotas), Dr. Omar (Itirapina) e Oswaldo Barba (São Carlos), estivemos visitando os “dois lados” da Represa do Lobo, recepcionando a delegação do Ministério do Turismo designada pelo ministro Luiz Barreto para ouvir as demandas das três cidades e conhecer “in loco” o projeto de revitalização desse nosso querido destino de lazer, recreação e turismo.

A delegação, chefiada pelo assessor do ministro João Paulo Rillo, pode conhecer a exuberância do Broa, constatar os problemas que levarão a represa à morte dentro de poucos anos e tomar contato com as diretrizes gerais do projeto que busca sua revitalização a partir da concepção de desenvolvimento econômico, social e ambiental sustentado.

Naquela ensolarada mas fria manhã, pudemos todos ver a orla tomada pela alga macrófita que se alimenta da matéria orgânica poluidora, provocando a queda da quantidade de oxigênio dissolvido na água pela eutrofização.

Os dirigentes do ministério nos disseram que há chances concretas de financiamento do projeto por parte dos diferentes programas do governo federal. Isso por duas razões centrais: mérito (preservação ambiental e turismo sustentado) e peso institucional (articulação dos três municípios amparada na lei dos consórcios públicos).

Ressaltaram ainda que, em função da filosofia pró-ativa e abrangente definida pelo presidente Lula para o Ministério do Turismo na sua criação, coube a este órgão receber o projeto pela sua natureza e coordenar sua viabilização com recursos de várias pastas. Assim seja! Para que cheguemos a um final feliz, é preciso trabalhar duro. Já foram nomeados pelos respectivos prefeitos os integrantes do Grupo de Trabalho. Temos uma agenda apertada para ouvir todos os envolvidos e receber contribuições.

Como norte, queremos chegar a um documento preliminar até o final de agosto. E vamos levá-lo à consideração dos prefeitos, entregando-o numa cerimônia a ser realizada na orla da represa, com muita gente dando-se os braços. Será um abraço amigo, simbolizando nosso amor pelo Broa e nosso esforço conjunto para salvá-lo. Viva o Broa!

SEGURANÇA CIDADÃ

Na foto, da esq. p/ à dir., estão Fernando Monteiro,
José Canotilho e eu, durante o evento
na Universidade de Coimbra

Participamos no dia 9 de julho do Seminário de Verão da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra (UC). Os destaques do Seminário, que teve como tema “Uma Nova Regulamentação Mundial?”, foram o Prof. José Joaquim Gomes Canotilho, eminente constitucionalista português, e o nosso ministro do Supremo Tribunal Federal e professor da USP, Ricardo Lewandowski.

O ministro demonstrou que a doutrina neoliberal disseminada no mundo por meio do Consenso de Washington (1990) provocou, ao promover a supremacia dos mercados e a redução do papel do Estado, “decepcionantes resultados sociais para a humanidade em saúde pública, habitação, educação e segurança pública”.

Ainda, segundo Lewandowski, não haverá solução adequada se não for instaurada uma nova ordem mundial, na qual os direitos fundamentais estejam implementados em sua plenitude e os estados-nação passem a cumprir um novo paradigma incluindo ações reguladoras do mercado financeiro.
São essas, também, propostas recorrentemente defendidas pelo presidente Lula em vários fóruns internacionais, como ocorreu no último dia 7 em Paris, quando recebeu o prêmio pela Paz da Unesco.

Presente ao painel “Um Mundo de Cidadania, Liberdade e Segurança”, ao lado do procurador geral da República de Portugal, Dr. Fernando Pinto Monteiro, discorri sobre os avanços da política de segurança em São Carlos a partir de 2001, quando nosso governo participativo ousou imiscuir-se em matéria que, constitucionalmente excluída do rol das competências municipais, é frequentemente eleita como prioritária, sobretudo pelos munícipes das grandes e médias cidades brasileiras.

Era mais fácil, cômodo e barato para a prefeitura deixar, como antes, a questão da segurança dos sãocarlenses exclusivamente nas mãos do Estado. Mas, conhecedores do fracasso da política de segurança do governo do Estado de São Paulo – que arrocha o salário dos nossos valorosos policiais, mantém um contingente por habitante em quantidade inferior ao internacionalmente recomendado e possui aparato logístico e de equipamentos inferior ao do crime organizado, dentro outras insuficiências – resolvemos partir para a ação.

Foi assim que nasceu o Plano Municipal Integrado de Segurança Pública. Concebido em conjunto com o legislativo municipal, OAB, Conseg e representantes das policiais civil e militar da cidade. Articulando medidas de caráter repressivo e preventivo, ele desencadeou uma série de ações que levaram à criação da Guarda Municipal e dos Agentes de Trânsito, deram suporte material as duas polícias estaduais e ao Corpo de Bombeiros, estruturaram a defesa civil, ampliaram e melhoraram a iluminação pública e implantaram uma expressiva rede de proteção social aos jovens e famílias de baixa renda. Na esteira do plano, recuperamos áreas degradadas e revitalizamos o centro histórico da cidade.

Como resultado, São Carlos apresenta hoje o 5º menor índice de criminalidade dentre os 61 municípios do estado de São Paulo com mais de 100 mil habitantes. É possível melhorar ainda mais e o prefeito Oswaldo Barba está trabalhando duro para isso. Como reconhecimento, recebemos o “Prêmio Gestão Pública e Cidadania/2005”, outorgado pela FGV, Fundação Ford e BNDES; e figuraremos no livro “Políticas Públicas Exemplares no Brasil do Século XXI” a ser lançado pelo Banco Mundial (Bird). Sem dúvida, valeu a pena!

29 ANOS DO PT


Estive com minha esposa Ana junto com Dilma Roussef, nossa ministra chefe da Casa Civil. O encontro foi na noite do dia 10 de fevereiro, durante a comemoração dos 29 anos do Partido dos Trabalhadores, em Brasília (DF).

PARABÉNS À FCT/UNESP PELOS SEUS 50 ANOS

No último dia 6 de maio, estive proferindo palestra dentro da mesa temática "Cultura, Universidade e Sociedade", no evento em comemoração aos 50 anos (completados no dia 3 de maio) da Faculdade de Ciências e Tecnologia (FCT), da Unesp, campus de Presidente Prudente (SP). Agradeço o convite para o evento , feito pelo vice-diretor da FCT e do campus universitário local, Prof. Dr. Nivaldo Hespanhol. A FCT/Unesp possui hoje excelência em seus 13 cursos de graduação e quatro de pós-graduação.

VIVA O TRABALHADOR SÃOCARLENSE


Agradeço o imenso carinho popular manifestado à minha pessoa durante as comemorações do 1o. de Maio - Dia do Trabalhador. Em festa promovida na praça do Mercado Municipal pela Intersindical de São Carlos e Região, defendi em minha fala que o Brasil irá sair mais forte da crise mundial. Fomos um dos últimos países a sofrer os efeitos da crise e seremos um dos primeiros a sair dela, graças à assertividade com que o presidente Lula vem conduzindo a nação desde o início de seu governo. Destaquei em minhas palavras o valor do trabalhador sãocarlense nesse período atribulado e lembrei a todos que novos investimentos estão chegando ao município, como a Cidade da Energia e a fábrica de semicondutores (Symetrix), pois ambas serão grandes geradoras de empregos e renda na cidade e região.