segunda-feira, 12 de abril de 2010

ECONOMIA SOLIDÁRIA É POLÍTICA DE ESTADO

Reynaldo Sorbille: um craque em Economia Solidária

Quero destacar a importância da Economia Solidária como estratégica para o desenvolvimento econômico e social do país. Participei e ministrei a palestra de abertura da Conferência Regional que debateu o tema no último sábado (10), em São Carlos. O encontro, que se estendeu até o domingo, foi prestigiado por representantes das cidades de Campinas, Ribeirão Preto, Bauru, Araraquara, Franca, Santo André, Sertãozinho, Carapicuíba, Américo Brasiliense e Ibaté.

O movimento de Economia Solidária tem tido grande impulso não só apenas no Brasil como também em diversos outros países. Segundo dados do Sistema de Informações de Economia Solidária (SIES) do Ministério do Trabalho existem hoje, em todo o território nacional, cerca de 1.650.000 pessoas trabalhando envolvidas em 21.859 empreendimentos solidários organizados na forma de autogestão. A Economia Solidária não pode ser apenas uma política de governo e sim uma política de Estado. Ao criarmos em 2008 o Centro Público de Economia Solidária Herbert de Souza no último ano de minha gestão à frente da prefeitura de São Carlos, buscávamos privilegiar o trabalho coletivo, justiça social e o desenvolvimento local, sustentável e solidário. Estamos evoluindo dia-a-dia nessa questão, principalmente com apoio do Governo Federal.

Fiz questão de destacar na conferência a liderança e o trabalho desempenhado por Reynaldo Sorbille (diretor do Departamento de Apoio à Economia Solidária da Prefeitura de São Carlos), no processo em torno do tema iniciado em 2001 e que culminou com a criação do Centro há dois anos, em São Carlos. A implementação das políticas públicas de geração de trabalho e renda trazem desenvolvimento sustentável e o Reinaldo é referência nesse trabalho.

A principal missão do Centro Público de Economia Solidária é integrar todos os dispositivos da área no município, com o intuito de facilitar o deslocamento da população e padronizar o fluxo de comunicação dos diversos programas, projetos, treinamentos e cursos desta área. Hoje, a cidade possui 22 empreendimentos solidários que reúnem 600 trabalhadores e apresentam um faturamento anual de cerca de R$ 6 milhões. Como comparação, até o ano 2000 São Carlos apresentava apenas três empreendimentos dessa natureza, que congregavam juntos cerca de 70 trabalhadores.

O evento do último final de semana permitiu a sistematização das particularidades dos empreendimentos solidários, das entidades de fomento e dos gestores públicos, visando uma participação qualificada na II Conferência Nacional de Economia Solidária (Conaes), que será realizada de 16 a 18 de junho próximo em Brasília/DF. A Conaes terá por finalidade realizar um balanço sobre os avanços, limites e desafios da Economia Solidária e das políticas públicas da área no atual contexto socioeconômico, político, cultural e ambiental, tanto nacional como internacional.

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