quinta-feira, 3 de setembro de 2009

PROCURAM-SE ENGENHEIROS

Com esse mesmo título, em matéria publicada no Estadão no último dia 6/8 (página B18) fomos informados que o setor da construção civil já se depara com a disputa por engenheiros. De acordo com Marcos Túlio de Melo, presidente do Conselho Federal de Engenharia e Arquitetura (Confea), “ainda temos um déficit grande de profissionais que só vai ser suprido daqui dois ou três anos”. Essa inusitada situação, em minha opinião, é resultado da combinação de duas políticas: uma certa e outra errada.

Comecemos pela errada, a educacional. Todos sabemos que por orientação do Banco Mundial (Bird) e da subserviente ação dos nossos governos centrais nas duas últimas décadas perdidas do final do século passado, promoveu-se infundado e irresponsável congelamento das vagas nas redes públicas de ensino superior e de educação técnica e tecnológica. Deu no que deu. O país vem experimentando notáveis níveis de crescimento nos últimos anos e, paradoxalmente, apresenta uma carência de profissionais qualificados que emperra um desenvolvimento ainda maior.

Essa situação começou a mudar a partir de 2002. Imbuído de uma visão de estadista, o presidente Lula, que curiosamente não tem diploma superior, operou uma mudança radical na nociva política educacional do seu antecessor que, não menos curiosamente, é doutor /honoris causa/. Assim é que, em apenas seis anos, as universidades federais mais que dobraram a oferta das vagas de ingresso – de 113 mil para 228 mil -, tendo sido criadas 12 novas universidades federais e mais de 100 campi pelo interior do país. Em relação ao ensino técnico, a expansão atingiu resultados históricos, pulando de 140 escolas criadas entre 1909 e 2002, para 214 até 2010. Sem falarmos no Prouni.

Já na área do crescimento econômico, o Brasil vem fazendo uma política certa, mesmo em tempos de crise financeira internacional. Segundo a matéria publicada no Estadão, o setor da construção civil foi um dos que mais rapidamente voltou a crescer, graças à resistência do mercado interno e a estímulos como o pacote habitacional “Minha Casa, Minha Vida”, do Governo Federal. Somando-se essa iniciativa habitacional aos projetos do PAC em andamento, o país assiste a uma profusão de obras que melhoram a vida nas cidades e geram empregos, renda e desenvolvimento.

Assim vem ocorrendo em São Carlos e região. Nas últimas semanas, nosso prefeito Oswaldo Barba inaugurou duas obras nesse contexto: o destamponamento de 250 metros lineares do córrego do Tijuco Preto na avenida do Trabalhador Sãocarlense (próximo à rua Episcopal) e a nova ponte defronte ao restaurante Casa Branca. Em relação à esta, é necessário, como fez nosso prefeito, registrar o inestimável apoio dado pela deputada federal Janete Pietá (PT) que, por meio de emenda parlamentar, viabilizou os recursos complementares para a substituição desta ponte de lata (levada pelas águas do Monjolinho) por outra, agora, de verdade.

E quanto à construção de casas populares? Nosso prefeito já garantiu sete mil, demonstrando mais uma vez competência e compromisso social. Mais emprego para engenheiros e trabalhadores da construção civil.

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