quinta-feira, 3 de setembro de 2009

LULA, FHC E OS INVESTIMENTOS PÚBLICOS

Um debate político qualificado sobre qualquer tema começa pela análise dos fatos. Pelo menos deveria. Mas quando há preconceitos emperdenidos ou interesses obtusos é comum a cegueira tomar conta e distorcer ou obscurecer a realidade.

Assim vem acontecendo na comparação dos governos Lula e FHC. Qualquer pessoa de bom senso e livre do odioso preconceito de classe reconhece que são inúmeros os exemplos de superioridade da gestão petista em relação à tucana, em quaisquer das áreas de atuação governamental.

Tomemos, por exemplo, o tema dos investimentos públicos. É sabido que apesar de ter promovido intensa e inédita venda de empresas estatais o governo FHC não logrou diminuir a dívida externa (que, ao contrário, explodiu em seu governo, passando de US$ 159,2 bilhões em 1995 para US$ 210,7 bilhões em 2002), nem realizou obras de infra-estrutura dignas de registro. Ao lado disso, estados e municípios ficaram praticamente impedidos de receber financiamento dos bancos estatais porque o governo tucano curvou-se aos ditames do FMI e Banco Mundial, aceitando a lógica monetarista que classificava os investimentos como despesas para fins de superávit fiscal. Ou seja, o dinheiro foi para o pagamento das promissórias e pouco sobrou para programas sociais e obras públicas. Por isso, o país estagnou ou cresceu tão pouco no governo FHC, com reflexos perversos nos níveis de emprego e nas oportunidades educacionais para a juventude.

Muita coisa mudou e para melhor, muito melhor, a partir do governo do PT. Ao rejeitar a lógica imperialista, o governo federal extraiu os investimentos do cálculo do superávit, liberando o precioso crédito tão esperado por estados e municípios. Recursos passaram a irrigar obras de habitação, saneamento e infraestrutura urbana, inaugurando um círculo virtuoso que promove, via PAC, o “Minha Casa, Minha Vida” e vários outros programas federais, com desenvolvimento, emprego, geração de renda e inclusão social, mesmo em tempos de crise financeira internacional . E, ainda por cima, liquidou com a dívida externa, transformando o Brasil em credor internacional.

São Carlos não teria hoje o Hospital-Escola, a Estação de Tratamento de Esgoto, as obras de drenagem, a canalização e ampliação da malha viária, não fossem a ousadia e o amparo do governo Lula. Nem o prefeito Oswaldo Barba poderia cravar a meta de sete mil novas moradias populares em nossa cidade.

O estado de São Paulo tão pouco teria recursos suficientes para as obras do rodoanel e do metrô (linha 5) se, além de tudo isso, o presidente Lula não tivesse ajudado a nós paulistas com a compra da Nossa Caixa pelo Banco do Brasil e com a autorização para nosso governador ampliar o endividamento do estado em mais R$ 11,6 bilhões. Sem contar que, especificamente para o rodoanel, o presidente ainda antecipou a última parcela de R$ 300 milhões, viabilizando a inauguração da obra pelo adversário Serra em 2010. Coisas de presidente estadista e republicano. Por isso, Lula é o cara!

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